segunda-feira, 13 de setembro de 2010

Sítio do Bello, em Paraibuna

Cabeludinha (Myrciaria glazioviana) ainda verde
Na sexta-feira fui visitar o Sítio do Bello, em Paraibuna, com o grupo de alunos da Università degli Studi di Scienze Gastronomiche (criada em 2004 pelo Slow Food internacional com colaboração da região Piemonte e Emília Romana) a convite do Convívio São Paulo do Slow Food.
Chegando ao sítio, que fica a cerca de 130 quilômetros de São Paulo, fomos recebidos com cafezinho, leite, suco de cambuci, geleia de araçá, mel, pães e bolos. Em seguida, partimos para conhecer a propriedade através de trilha que atravessa uma parte de mata nativa, com a ajuda dos guias do projeto "Programa de Jovens - Meio Ambiente e Integração Social", do Instituto H & H Fauser.
O que Douglas fez ali é trabalho admirável de recuperação de uma área degradada e empobrecida pela pecuária após o fim do ciclo do café naquela região. Há dez anos ele planta e colhe frutas da Mata Atlântica, dessas que a gente não encontra no supermercado, como uvaia, grumixama, gabiroba, araçá e cabeludinha, por exemplo, e transforma em polpas e geleias. E ainda trabalha com parceiros na venda de polpas de frutas de outros biomas - cagaita, açaí, cupuaçú, cajá, camu-camu, maracujá nativo e panã, sem falar que através de seu site você pode comprar mudas e outros produtos à base de frutas como sabonetes de babaçu. Veja lá.
Embora este não seja o melhor momento do ano para se ver as frutas maduras, ao menos os jovens estudantes puderam ver as árvores em flor, outras com frutos verdes e exemplares exóticos (à região) como as frutas do Cerrado baru e jenipapo.
Depois ainda passamos na propriedade do Jota, que faz a cachaça Jotinha, onde os estudantes puderam aprender um pouco sobre o processo de fabrico do produto e degustar rapadura e cachaça, incluindo a Marvada Neide, também da região. Finalizamos com um almoço no Mercado da Suzana, que merece postagem à parte. Amanhã, quem sabe.
Jerivá, baru e jaracatiá
Lobeira e jenipapo

Douglas Bello falando com alunos e, embaixo, o quarto em pé a partir da esquerda, posando entre eles


Mesa de gostosuras: geleias e bolos. O pão (a foto é da Cristine Maccarone), feito com polpa de juçara fui eu quem levei. Depois dou a receita

7 comentários:

  1. Colocar a foto do pão e não colocar a receita... é Marvada Neide mesmo!!!!

    Cabeludinha ou Maria Cabeluda, eu conheço, tenho um pé que tem 30 anos e não sei por que, mas ele não cresce, esta quase como um bonsay natural, acho que por que ele esta perto de um lago e a terra é muito umida... mas ele esta sempre carregadinho de Marias cabeludinhas!! quando maduras são bem amarelinhas!!

    Abraço Fêssora Marvada!

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  2. Neide tem muita Lobeira no sitio.
    Dá pra fazer o que? O povo de lá diz que é comida de Lobo Guará, e daí também, vem o nome da planta. Beijão.Claudia Figueiredo

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  3. neide, adorei te conhecer ontem! fiquei morrendo de inveja de saber fazer sabão em pó e de saber o que é uvaia. beijo!

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  4. David, plantei cabeludinha no sítio, mas ainda não produziu. A receita eu dou depois.

    Claudia, nos falamos depois.

    Nina, você está tão perto. Aproveite.

    Noemi, a recíproca é verdadeira. Tu me ensinas a escrever que eu te ensino a fazer de pão a sabão (mas não é em pó, não). Uvaia tem naquela praça Zé Roberto em que estávamos. Quem sabe no próximo piquenique a gente não colhe algumas.

    Beijos, N

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  5. Neide, amei a foto desse bolo! Que delícia, com um cafezinho deve ser uma coisa dos deuses! Vc pode postar a receita aqui ou me enviar, se não for querer demais?! Fiquei com água na boca! bjos

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  6. Neide,meu nome é Katia e frequento Ilhabela. Toda vez que passo pela Tamoios, tomo um lanche no Ranchinho. Lá eles têm um pão de forma (me parece que é de batata). Gostaria de saber se vc tem a receita. Não sou concorrente, apenas uma apreciadora deste pão maravilhoso. Abraço. Gostaria que retornasse pelo meu email: katiamart@ig.com.br

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