sexta-feira, 22 de maio de 2009

Frutas no Ceagesp



Tudo bem, é chato. Você tem que acordar cedinho, se não, não encontra as frutas que quer. E também tem que andar no meio dos caminhões e da homarada e procurar não se importar com as cantadas (se bem que depois de uma certa idade, tanto faz de onde vem o assobio, isto dá uma levantadinha na auto-estima). Mas, visitar o setor de atacados do Ceagesp depois de ter a inteligência agredida com os preços das frutas no Mercadão, todo o incômodo é quase irrelevante. Pensar que um quilo de cruá estava a R$ 30,00 no Mercado e pelos mesmos 30 eu comprei 3 cruás totalizando uns 6 quilos, realmente é um bom negócio. E o melhor de tudo é que você encontra frutas exóticas e as nossas nativas a preços convidativos. Principalmente se você pode dividir uma feirinha com amigos e família.
Encontrei hoje lá o feirante que no domingo me vendeu os maracujás roxos e que me indicou o boxe do Senhor Makoto, onde nos encontramos ao acaso. Não foi a senhora que estava na feira no domingo procurando aquelas tranqueiras? Dizendo para o o dono do boxe: Eu falei pra ela, lá no Seu Makoto a senhora vai encontrar esta tranqueirada toda. Entenda-se por tranqueirada nossas frutas nativas como cupuaçu, maracujá roxo, sapoti, graviola etc, já que é mais fácil encontrar nectarinas, ameixas, peras e maçãs, de clima temperado, que as nossas, tropicais, potentes, ácidas e perfumadas.
Mas tudo bem, porque ele foi generoso em me indicar seu fornecedor (coisa que no Mercado não acontece). E a indicação não poderia ser melhor. No meio daquele ambiente hostil, barulhento, feio, cheirando a combustível de caminhão, que acaba embrutecendo os homens, eis que surge do meio das caixas de papelão um homem dócil de fala baixa. Seu Makoto é gentil, informado, interessado, paciente. Disse que tem aquele negócio há 35 anos e me indicou o livro de frutas do Harry Lorenzi. Generoso, me aconselhou a comprar direto do site, que era mais barato. Não satisfeito, ainda decidiu que, se eu quisesse, me venderia o livro que tinha sobrando, ainda na caixa, a preço de custo. Respondi que não, que meu dinheiro tinha acabado e eu estava sem cheque (e cartão de crédito não vale nada por ali) e que compraria depois pelo site . E ele fez questão que eu levasse o livro assim mesmo, confiando apenas na minha palavra. Que eu pagasse de outra vez que fosse lá. Preferi trazer os dados para fazer um depósito, feliz por saber que ainda existe gente assim.
Ah, sim, as frutas são parte da minha pesquisa para a aula de frutas, no dia 05.



Seu Makoto com o livro que me vendeu
Tem que contratar carregador
Minhas frutas, à espera de taxi
Quando você for, entre pelo portão 1. Funciona pela manhã, até umas 11, meio dia (ou quando acabarem as frutas)
O carregador 859 era simpático e não conhecia nenhuma daquelas frutas que carregava - Cruá? melão-do-norte? Conheço, não. Eu sou do Norte e lá não tem disto, não (embora seja nordestino).
Serviço
Módulo do Sr. Makoto
PAV. MFE-B - MOD. 58 e 59 - Tel. 11 3643-8776
Av. Dr. Gastão Gidigal, 1946 - Portão 1

4 comentários:

  1. Pois é, e assim neste blog, e em grupos e fora ("forums") pela internet vai-se conhecendo quanta coisa boa há neste país.

    Um dia destes fui num japonês, professor de karatê e acupunturista. Morou um tempo no Mato Grosso e me contou, levou, na época, 28 dias para chegar saindo de São Paulo. Vivia de caça. Disse-me "no Brasil quase não tem fruta, as que são plantadas aqui vem de fora como a manga e outras."

    Parece que temos poucas frutas nativas que toleram armazenamento e transporte mas nos quintais de antanho havia muitas como a carambola, por exemplo e as jabuticabas, que para meu espanto, muita criança não conhece.

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  2. SABE QUE TAMBÉM NÃO CONHEÇO CRUÁ, POR ISSO QUE DIGO QUE TEU BLOG FAZ MILAGRES, FAZ A GENTE CORRER ATRAS, PESQUISAR, PROCURAR COISAS DIFERENTES
    E DEPOIS DO JILÓ RECHEADO, FAZ PERDER O PRECONCEITO TAMBÉM

    BOM FINAL DE SEMANA

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  3. Comprei a pitaia a R$ 12,00 o quilo e já fiz o sorvete.
    Bjs.

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  4. Seu blog me deu água na boca e fui deslocada para ele por acaso, mas dizem que os acasos não existem.
    Nesta postagem vi a foto do Mercado São Pedro em Niterói, onde moro. É muito bom comer um peixinho lá no andar de cima, onde tem um restaurante maior e outros pequenos. Podemos até comprar o peixe de nossa preferência e pedir para o cozinheiro prepará-lo da maneira que desejamos.
    Meu blog é http://milagresdamariacelia.blogspot.com
    Parabéns!
    Maria Célia

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