Costela de tambaqui no restaurante Moronquetá Antes que digam que eu deveria ter tomado o tacacá da Gisela ou café da manhã no Joelza, ido comer no Bistro Ananã ou visitado o hotel Ariaú, entre outras obrigações para quem vai a Manaus, vou logo avisando que vou ficar devendo, que foi só um passeinho rápido e que falhamos apenas dois dias por lá. Fomos todos, incluindo o namorado da filha. Apesar do pouco tempo, fizemos muitas descobertas numa cidade totalmente misteriosa para nós. Tivemos que fazer escolhas difíceis e democráticas que satisfizessem a todos. Afinal ninguém tem muita paciência comigo quando, como um toco flutuante, começo enroscar em cada barraquinha de comida de rua, perguntando o quê, como e pra quê. Desta vez, fora algumas cruzadas de braço e um dos joelhos semi-flexionados do Marcos e da Ananda, até que tiveram paciência com minhas paradas. Tivemos que escolher entre o Festival de Ópera no Teatro Amazonas ou sair para jantar, porque dormir tarde ninguém aguentava. Preferimos a primeira opção para acordar cedo no outro dia. Tudo bem que tivemos duas noites de pizza de mussarela com coca-cola pós-teatro, à moda paulistana, mas conseguimos fazer programas bem legais de gosto coletivo como visitar o Mercado Municipal e o Mercado de Peixes; pegar barco para conhecer o Museu do Seringueiro na outra margem do Rio Negro; visitar o Hotel Tropical e seu zoológico; ir ao encontro das águas; tirar fotos de vitórias-régias; apreciar lindos pirarucus com mais de 100 quilos e comer peixes variados em três restaurantes, entre os quais merece destaque o Moronquetá (Rua Jayth Chaves, 33 - Porto do CEASA - Distrito Industrial - Telefone: 615-3362), onde devoramos uma suculenta e deliciosa costela de tambaqui com arroz de couve fresquinho, tucunaré em molho de macaxeira e jambu, tudo regados com molho de pimenta murupi e tucupi. Além disso, descobrimos que:
a comida de rua mais popular é a banana pacová frita (banana-da-terra para nós) - se mais verde, na forma de chips e mais maduras, fritas e polvilhadas com canela e açúcar para comer de palitinho ou como recheio de sanduíches; que polpa de tucumã vira recheio de sanduíches e de tapiocas; que é época deste coquinho e que é extremamente saboroso (tô viciada), com sabor amanteigado para se comer sem sal nem açúcar – mas, como coco ou abacate pode entrar em pratos doces ou salgados; que o bacurizinho de lá é diferente do bacuri gigante paraense; que os peixes frescos em variedade e frescor são de nos fazer inveja; que turista brasileiro por lá deveria ser protegido pois está ameaçado de extinção - estrangeiro é só que se vê em Manaus; que os preços das coisas são para turista estrangeiro; que o encontro das águas dos dois rios é um espetáculo emocionante – a água do Solimões é leitosa, fria, alcalina e rápida, enquanto a do Rio Negro é escura, ácida, quente e lenta. Como yin e yang ou as ondas brancas e pretas das calçadas de Copacabana, o branco e o preto se encostam mas não se misturam por cerca de 6 kilômetros, um dando cotoveladas no outro, até formarem o Rio Amazonas, com predominância do Solimões leitoso. Aliás, nossa guia do teatro disse que o design das ondas da calçada de Copacabana surgiu mesmo há mais de 100 anos em Manaus, ainda presente na Praça São Sebastião, em frente ao Teatro Amazonas. Ah, descobrimos ainda que os manauaras são extremamente gentis e que a fiscalização sanitária por lá é precária.
Bem, vamos a algumas aos fatos e fotos. Aos poucos vou falando mais completamente das coisas que me chamaram a atenção. Amanhã, mostro os peixes.
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Café da manhã: melancia e mamão, além de pé-de-moleque, cangica, mandioca (macaxeira), milho e coquinho de pupunha cozido - lembra um pouco uma mistura de milho cozido e pinhão.
Mercado Municipal Adolpho Lisboa: em reforma
Jambu graúdo no Mercado (trouxe mudinhas)
Farinha típica: ova e ovinha (farinha d´água em formato de bolinhas)
Marcado Municipal - alguns vendedores preparam o tucupi ali mesmo, agachados, em latões de higiene precária
Mercado Municipal - Tripas, buchos, entranhas
Povoado às margens do Rio Negro: casinhas flutuantes
Mercado- vendedor de mandioca, devidamente uniformizado
Mercado- vendedor de mandioca, devidamente uniformizado
Mercado: galinha ovada
Museu do Seringueiro - criado como cenário do filme português "A Selva".
Cabaças secando ao sol para moringas - espiando o Rio Negro, no Museu do Seringueiro
Pé de moleque – doce típico à base de mandioca, açúcar, leite de castanha e especiarias como cravo e/ou erva-doce, embrulhado em folhas de bananeira ou, como é o caso deste, de pariri (caeté?)
Museu do Seringueiro - criado como cenário do filme português "A Selva".
Cabaças secando ao sol para moringas - espiando o Rio Negro, no Museu do Seringueiro
Pé de moleque – doce típico à base de mandioca, açúcar, leite de castanha e especiarias como cravo e/ou erva-doce, embrulhado em folhas de bananeira ou, como é o caso deste, de pariri (caeté?)
Vitoria regia (Victoria amazonica) – minha mão à direita, para ver a dimensão
Hahahahaha... adorei a cabine de refrescância! Taí um lugar que eu gostaria de conhecer um dia... Valeu pelas fotos! Beijo! :)
ResponderExcluirLindas fotos....dá mais vontade de conhecer. Essa galinha ovada me fez voltar à infância, quando morava em Goiás e a mamãe degolava galinha....ficávamos pesquisando tudo que tinha dentro das coitadas e sempre encontrávamos ovos. Bom demais esse seu passeio, parabéns.
ResponderExcluirBjs.
Ô viagem boa, Neide!
ResponderExcluiraté
Alessander Guerra
www.cuecasnacozinha.com
qta informação...adorei! nossa o pe de moleque hiper diefernte...a curiosidade da calçada d copacabana...e as linads fotos...ai ai ai...q dleicia! bjs
ResponderExcluirNossa Neide, queria este post lá no meu blog! Bj Sill
ResponderExcluirAdorei!!! Ri um bocado com o rapaz se refrescando.
ResponderExcluirViajei bastante com as fotos, adorei!
ResponderExcluirSempre que vai a Goiania, meu marido devora umas costelas de tambaqui...
o pé de moleque é bem diferente dos que a gente do sul conhece - eu, pelo menos!
Beijinhos,
Neide! que linda viagem, impresionante as informações que brinda...rí muito com a cabine do Itáu...
ResponderExcluirAbraços
Rubén Duarte
Neide, que fotos lindas e quanta coisa interessante que fizeram em tão pouco tempo,que venha então Porto Alegre na sequência,morri de dó do fogaréu na foto acima, que perda..o nosso mercado aqui até acho bem organizado,sofreu grandes reformas há alguns anos ,primeiro por ser prédio histórico da cidade mas também para por fim a esta desordem em que os permissionários dos mercadões em geral não atentam para as normas de segurança,de higiene,enfim, e que acaba dando nisso..beijo!
ResponderExcluirAmei as fotos Neide! Que viagem bacana que você fez. Salivei com as delícias, principalmente o tambaqui, adoro. Assim como adoro o filhote outro peixe maravilhoso e suculento.
ResponderExcluirBeijo
Luna, Rubén e Agdah, na verdade o homem se refrescando estava totalmente bêbado, desmaiado lá dentro. Sozinha, teria ficado com medo de tirar dinheiro. Mas ele nem acordou. A porta se abre sem precisar de cartão. Este é nosso Brazilsão. De qualquer forma, também achei engraçado.
ResponderExcluirObrigada e um abraço a todos,
Neide
Mariângela,
ResponderExcluirnão vejo a hora de conhecer o Mercado de Porto Alegre. Você vai ver o que é andar comigo rsss.
Beijos,
Neide
Adorei as fotos Neide. A da família no encontro das águas está linda. A do Itaú é impagável. Parabéns!
ResponderExcluirPois é Dona Neide....este é mesmo o nosso Brasilzão sem máscaras, real e muitas vezes de viés né !!!
ResponderExcluirMuitas vezes com os parâmetros que temos no chamado "Sul maravilha" temos até dificuldades de ir pra esses lugares. E não é questão de preconceito, mas simplesmente de diferenças mesmo.
Beijos, tá tudo muito lindo como sempre.
Ah, e pode incluir as mudinhas na minha cesta de desejos, tá.
(vou torcer para que peguem).
É minha filha. Você foi muinto feliz. Fiquei de agua na boca com tanta fruta.
ResponderExcluirRivaldo
razevedo98@gmail.com
Looking Tasty.
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