Depois de pronto, corta-se como quiser
Tudo bem que este blog é sobre comida, mas o universo que a envolve vai além do que muitas vezes podemos enxergar. Quem gosta de pensar sobre comida não deveria ignorar assuntos como cultivo, transporte, armazenamento, pontos de venda, embalagens, utensílios e água. E a cadeia é ainda maior se pensarmos na quantidade de itens que direta ou indiretamente está ligada ao ato de cozinhar, comer e deixar o palco arrumado para o próximo espetáculo. Tudo isto para justificar porque falarei aqui também sobre sobras, detergentes e sacolas plásticas. Começo pelos primeiros.
Não é novidade para ninguém que óleo não deve ser reaproveitado mais que cinco vezes, porque se degrada, oxida e forma substâncias tóxicas (a acroleína, por exemplo, se forma quando o óleo é aquecido até esfumaçar – se isto acontecer, despreze). Sabemos também que óleo não deve ser jogado no ralo da pia, no vaso sanitário nem na terra, pois contamina a água. E é claro que todo já ouviu falar do custo ambiental para se produzir embalagens plásticas para, entre outras coisas, detergente – e o próprio detergente, feito com óleos minerais (petróleo e xisto) e degradados artificialmente graças à adição de polímeros e ésteres sintéticos. Então, vá guardando seu óleo usado, juntando com os dos vizinhos e parentes e entregue para instituições que fazem sabão e revertem em renda. Ou leve para postos de coleta para fazer biodiesel. E, se faltar pretextos para reunir amigos, convide todo mundo com seus óleos usados para uma “oficina de sabão” e bote todo mundo para trabalhar. No final cada um leva o seu. A gente economiza idas ao super, sacolinhas, embalagens de detergente, corantes, odorizantes e até academia, afinal envolve esforço físico para mexer - quase nada, mas algum. E ainda se diverte, garanto. Parece trabalhoso, mas não é, e rende sabão para meses.
Aqui vai a receitinha que costumamos fazer em Fartura com um óleo que meu pai ganha de uma lanchonete e juntamos com os nossos bem mais decentes. Desta vez substituímos metade do óleo por banha de redanho (aquele que estava rançoso quando o mostrei aqui).
Tudo bem que este blog é sobre comida, mas o universo que a envolve vai além do que muitas vezes podemos enxergar. Quem gosta de pensar sobre comida não deveria ignorar assuntos como cultivo, transporte, armazenamento, pontos de venda, embalagens, utensílios e água. E a cadeia é ainda maior se pensarmos na quantidade de itens que direta ou indiretamente está ligada ao ato de cozinhar, comer e deixar o palco arrumado para o próximo espetáculo. Tudo isto para justificar porque falarei aqui também sobre sobras, detergentes e sacolas plásticas. Começo pelos primeiros.
Não é novidade para ninguém que óleo não deve ser reaproveitado mais que cinco vezes, porque se degrada, oxida e forma substâncias tóxicas (a acroleína, por exemplo, se forma quando o óleo é aquecido até esfumaçar – se isto acontecer, despreze). Sabemos também que óleo não deve ser jogado no ralo da pia, no vaso sanitário nem na terra, pois contamina a água. E é claro que todo já ouviu falar do custo ambiental para se produzir embalagens plásticas para, entre outras coisas, detergente – e o próprio detergente, feito com óleos minerais (petróleo e xisto) e degradados artificialmente graças à adição de polímeros e ésteres sintéticos. Então, vá guardando seu óleo usado, juntando com os dos vizinhos e parentes e entregue para instituições que fazem sabão e revertem em renda. Ou leve para postos de coleta para fazer biodiesel. E, se faltar pretextos para reunir amigos, convide todo mundo com seus óleos usados para uma “oficina de sabão” e bote todo mundo para trabalhar. No final cada um leva o seu. A gente economiza idas ao super, sacolinhas, embalagens de detergente, corantes, odorizantes e até academia, afinal envolve esforço físico para mexer - quase nada, mas algum. E ainda se diverte, garanto. Parece trabalhoso, mas não é, e rende sabão para meses.
Aqui vai a receitinha que costumamos fazer em Fartura com um óleo que meu pai ganha de uma lanchonete e juntamos com os nossos bem mais decentes. Desta vez substituímos metade do óleo por banha de redanho (aquele que estava rançoso quando o mostrei aqui).
O redanho rançoso foi derretido, coado e resfriado
Sabão caseiro feito a frio
2 litros de água (ou infusão fria de hortelã, erva-doce, camomila)
1 quilo de soda cáustica (vai encontrar em alguns supermercados ou em casa de material de construção)
1 litro de álcool
4 litros de óleo usado (pode usar até a metade de banha ou redanho derretidos, coados e resfriados)
Coloque um balde de plástico grande no chão, despeje a água e a soda e mexa com um pedaço de pau – ou uma colher de pau de cabo bem comprido, feita só para isso, mas qualquer pau de vassoura serve. Junte o álcool e o óleo e mexa devagar por cerca de uma hora – coloque um banquinho na frente do balde para tornar a tarefa menos árdua – não que seja. Se tiver mais gente para dividir a tarefa, mais divertido e prazeroso. Quando a massa ganhar uma consistência de doce de leite está pronto. Para se certificar, coloque um espetinho de madeira no centro da massa - ele deve permanecer em pé. Despeje a massa num recipiente grande de plástico ou madeira e deixe secar até desgrudar das laterais. Corte como quiser e use. Ou guarde em local aberto para secar mais. Se quiser, despeje em recipientes de vidro que possam ficar em cima da pia, como mostro na foto. É mais rápido que apertar a garrafinha de detergente com uma mão e segurar a bucha com a outra. Aqui é só usar uma mão com a bucha que esfrega no sabão. Com a outra mão você pode ir adiantando outra coisa. Nada de desperdícios. É ótimo para lavar panos de pratos.
A bucha natural, claro, veio de Fartura2 litros de água (ou infusão fria de hortelã, erva-doce, camomila)
1 quilo de soda cáustica (vai encontrar em alguns supermercados ou em casa de material de construção)
1 litro de álcool
4 litros de óleo usado (pode usar até a metade de banha ou redanho derretidos, coados e resfriados)
Coloque um balde de plástico grande no chão, despeje a água e a soda e mexa com um pedaço de pau – ou uma colher de pau de cabo bem comprido, feita só para isso, mas qualquer pau de vassoura serve. Junte o álcool e o óleo e mexa devagar por cerca de uma hora – coloque um banquinho na frente do balde para tornar a tarefa menos árdua – não que seja. Se tiver mais gente para dividir a tarefa, mais divertido e prazeroso. Quando a massa ganhar uma consistência de doce de leite está pronto. Para se certificar, coloque um espetinho de madeira no centro da massa - ele deve permanecer em pé. Despeje a massa num recipiente grande de plástico ou madeira e deixe secar até desgrudar das laterais. Corte como quiser e use. Ou guarde em local aberto para secar mais. Se quiser, despeje em recipientes de vidro que possam ficar em cima da pia, como mostro na foto. É mais rápido que apertar a garrafinha de detergente com uma mão e segurar a bucha com a outra. Aqui é só usar uma mão com a bucha que esfrega no sabão. Com a outra mão você pode ir adiantando outra coisa. Nada de desperdícios. É ótimo para lavar panos de pratos.
eu nao consumo oleo nessa quantidade, alias, um litrinho de oleo dura um ano pra mim. mas acho muito legal essa ideia do sabao. feito no fogao a lenha ainda! ;-)
ResponderExcluirbeijo!
Neide, adorei sua visita! E adorei seu blog - voltarei sempre. Beijos, Lara
ResponderExcluirFer, eu também não uso tanto óleo assim, mas meu pai ganha e juntamos com o de toda a família. O fogo só é usado quando tem banha ou redanho a derreter. Se não, todo o sabão é feito a frio.
ResponderExcluirLara! que prazer te-la aqui. Obrigada. Beijos, n
Parabéns... adorei a receita estou encaminhando pra minha comunidade da igreja...vamos fazer e vender com as doações de oleos.
ResponderExcluirBjs
Parabéns... adorei a receita estou encaminhando pra minha comunidade da igreja...vamos fazer e vender com as doações de oleos.
ResponderExcluirBjs
cara, gostei mt da sua receita, da até pra fazer com crianças, é claro que com a supervisão de um adulto, vou fazer com meus alunos
ResponderExcluirEstou realizando um projeto para recolher óleo usado, já tenho uma boa quantidade armazenada e gostaria de vendê-lo.
ResponderExcluirSou de Jundiaí SP. Meu e-mail é fabianojds@gmail.com
Se houver alguém interessado em comprar, que retire no local, favor entrar em contato.
OI!EU QUERIA SABER COMO FAÇO PRA DEIXAR ESTE SABAO COM AROMA?...
ResponderExcluirPODE ME INFORMAR?OBRIGADO
Cara Neide:
ResponderExcluirÓtima sua iniciativa. Também faço sabão caseiro com a mesma intenção sua e realmente é divertido de fazer e rende "horrores". Sem contar que preservamos o planeta....
Me permita, tenho umas dicas pra te dar: use 6 litros de óleo na sua receita. Fical igualmente bom.
E a soda, use a de 99% de pureza. É a melhor pra dar o ponto certo.
Alguns dias de descanso, depois do sabão pronto, ajudam a deixá-lo mais suave. Uma semaninha só e está bom.
No mais, que sua idéia prolifere bastante. Abraços, Luiz (SP)
Gostaria de aparecer anônimo no seu blog, pra evitar inúmeras mensagens no meu e-mail. Mas se quiser mais dicas - e as tenho aos montes), meu email é todds@ig.com.br.
Luiz, obrigada pelas dicas. Da próxima vez vou seguir seus conselhos. Um abraço, N
ResponderExcluirPAREÇO-ME MUITO COM VOCÊ ADORO PLANTINHAS,TIREI HOJE , OS MICRORGANISMOS EFICAZES DA NATUREZA, ACHEI SEU BLOG JUSTAMENTE POR ESSE MOTIVO, ESTAVA TIRANDO DÚVIDAS. ADORO FAZER SABÃO CASEIRO COM MINHA MÃE, QUE FAZIA MAIS QUANTIDADE ANTIGAMENTE QUANDO ERA FEITO COM CINZA(MÉTODO ANTIGO QUE NÃO USA SODA CÁUSTICA), TEMOS MUITO EM COMUM. QUERIA SABER SOBRE O "EM", SE PARA OS MICRORGANISMO SE MULTIPLICAREM, O QUE DEVO FAZER? POIS É UM POUCO TRABALHO COLOCAR E RETIRAR NA MATA. OBRIGADA, AGUARDO ANSIOSA RESPOSTA
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