quarta-feira, 11 de junho de 2014

Maloca do Orlando. Belém do Pará 2

Tem gente que vai pra Orlando e não conhece a Maloca do Orlando, tão mais perto de nós. Está certo, não é logo ali, mas em poucas horas se vai a Belém. E de lá pra Maloca é um pulo. O almoço ali fazia parte das atividades para chefs e jornalistas organizadas pela equipe do Festival Ver-o-Peso da comida Paraense. De Belém até lá se vai de barco, cerca de 40 minutos se não me engano,  ou qualquer outro veículo que se desloque por água, incluindo os barulhentos jet skis. Nosso barco era motorizado mas silencioso e durante o caminho havia apresentação de carimbó e outros ritmos regionais enquanto a paisagem ribeirinha ia passando diante de nossos olhos como um filme. Chegando à Maloca, debruçada sobre o rio Arapari, uma mesa colorida de frutas locais adornada com flores de alpínia púrpura nos esperava. Aliás, acabei de ver que apareço numa foto postada na página do restaurante no facebook falando do evento (veja lá).

Em Belém comi em ótimos restaurantes como o Santa Chicória, Lá em Casa, Remanso do Bosque, Remanso do Peixe, Família Sicília e acho que ainda esqueço algum. Mas comer na Maloca é mais que uma experiência gastronômica porque a paisagem é mágica, a família do Seu Orlando é acolhedora, os ingredientes são fresquíssimos vindos do Ver-o-Peso, e o preparo dos pratos envolve o mínimo de intromissão no que a natureza deu de melhor. Não havia nenhum prato muito elaborado. Camarão no bafo, caranguejo toc toc, peixes como pescada amarela e filhote grelhados, salada, farinha, arroz, feijão, casquinho de caranguejo com farofa crocante por cima e de sobremesa uma tigela de açaí puro colhido na floresta atrás da cozinha e extraído na hora num extrator profissional areado até brilhar  - quando chegamos o açaí estava de molho numa panela. O creme vem acompanhado de gelo e açúcar à parte pra quem quer. Mas não precisa de nada. O açaí fresco lembra azeite bom, abacate maduro. Quando não tão fresco sabe mais à caroço de abacate terroso.

O legal daquela cozinha é que não tem nada mocozado. O ingrediente fresco chega, é preparado e servido. Tudo à mostra, com cozinha aberta, arejada, de limpeza impecável e com mulheres sorridentes trabalhando sem estresse.

Seu Orlando levou alguns de nós para mostrar sua casa. Basta ver as cores da sala e os bibelôs de passarinhos pregados na varanda pra perceber que se trata de uma casa de gente feliz. E comer comida de gente feliz, vamos combinar, deixa a gente mais feliz ainda, não é não?

Então, quando for a Belém, procure na estação das Docas algum passeio de barco que inclua almoço na Maloca, ou vá por conta, contratando um barco que te leve até lá. Mas aí é melhor ligar que o Orlando te explica como chegar.  Ou visite a página do restaurante no facebook.

Maloca do Orlando
Telefone 091 9233-0350

Veja algumas fotos





4 comentários:

Unknown disse...

Bom dia, meu bem! Apesar de viver por essas bandas virtuais há algum tempo, só ontem (!) descobri seu blog!!! Meu Deus, que coisa sensacional, é essa????
EStou apaixonada!!! Por tudo! Pela sua maneira simples de viver a vida, pela maneira desprenteciosa que visita os polos do viver, pela maneira como escreve!!! Deus continue a te abençoar! Um cheiro!

Angela Escritora disse...

Que casa linda! muito mais linda que qualquer casa chique de arquiteto.

Angela Escritora disse...

Que casa linda! muito mais linda que qualquer casa chique de arquiteto.

Site de Jogo disse...

tem alguma escola de mergulho, se sim qual o valor médio?