quarta-feira, 20 de janeiro de 2010

Cuscuzeira para um

A grandona, uso pra tudo, até pra fazer o pudim de ontem. E a individual, que parece de casa de boneca, vai ter uso frequente por aqui
Eliana, a baiana que trabalha comigo, vive numa comunidade cercada de conterrâneos, onde todo mundo conhece a famíia de todo mundo. Fim de ano é tempo de férias, de visitar a terrinha e os parentes (como diz meu amigo Luiz Horta, baiano sempre quer voltar pra sua terra) e eu só fico aqui a babar com as provisões alheias que chegam por encomenda. É um tal de o pai de Déu mandou carne seca de bode e queijo pra Dinho; Liu trouxe 14 quilos de cocada de licuri pra Gel; Diu de Tião voltou com mala cheia de rapadura, farinha fina e feijão de corda pra afilhada de Zil e assim por diante. E pra mim, nunca mandam nada ...
Alumínio Santa Rita, de Feira de Santana: lindinha e prática, só não gostei do pegador de plástico na tampa. A grande me acompanha há uns 25 anos
Troquei o pegador da tampa (quem guarda quinquilharias sempre tem na manga uma porquinha extra ou um pegador de madeira)
Mas desta vez tirei sorte grande. Eliana estava de férias e chegou com os presentes. Não que ela tenha ido à Bahia. Quando não vão, é porque de lá alguém vem - a sogra e a cunhada apareceram com mala cheia pra passar dois meses. Mas não, não foi delas que ganhei este mimo. Foi de Bel, melhor amiga de Eliana, que pelo jeito já me conhece a ponto de saber que gosto de cuscuzeiras. Ela comprou uma minúscula, que parece panelinha de criança, para cuscuz individual, lá pros lados de Cansanção ou Nordestina, onde mora sua família. E me mandou ainda doce de leite e cocada de licuri que a mãe, dona Linda, fez. Eta gente boa.
Estreei com cuscuz feito à moda da Eliana e de muitos outros baianos: com flocos de milho, água e sal (1 xícara de flocão, 1 pitada de sal e 6 colheres (sopa) ou 90 ml de água). Dez minutinhos no vapor. Minha amiga Silvia Lopes prefere usar milharina ou similar em vez do flocão. Eu não tenho parâmetro para emitir opinião, ainda não fiz degustação comparativa, mas um dia hei de. Só sei que com flocão fica muito bom. E comi encharchado com leite de coco adoçado. Dá para dois (de apetites normais).
Ontem a Eliana me trouxe um com manteiga e café. Na região dela não é muito comum comê-lo com leite de coco, mas com manteiga, ovos mexidos ou carne com molho.
Cocada de licuri e doce de leite, bem açucarados, pra comer um dadinho por dia

11 comentários:

Aqui na Cozinha disse...

Já tive esta cuscuzeira, agora tenho esta:
http://aquinacozinha.blogspot.com/2009/11/mini-cuscuz-nordestino.html
Adoro e uso horrores.
Beijos
Patty Martins

Anônimo disse...

Olá, Neide.

Parabéns pelos textos. São de dar água na boca e ainda aquele incentivo pra ir pro fogão.
Tenho uma cuzcuzeira parecida, com furos pelos quais escorre, com o vapor, a farinha de milho. Você põe alguma coisa embaixo pra evitar a perda? E o kefir, como faço pra conseguir?
Não tenho blog, e se puder dar as dicas, pelo seu mesmo.
Obrigada.
Ana Maria
Araçariguama, SP

Gina disse...

Que fofa essa minicuscuzeira!
Como filha de nordestino não podia deixar de ter uma. Adoro cuscuz e como só com leite adoçado.
Bjs.

Neide Rigo disse...

Patty, adorei a sua. Parece aquele jeito de fazer cuscuz com funil encaixado na válvula da panela de pressão. Veja aqui: http://come-se.blogspot.com/2008/09/baixa-tecnologia-e-solues-inteligentes.html e aqui: http://come-se.blogspot.com/2008/09/cuscuz-de-arroz-com-licuri-e-outros.html

Ana Maria,
nesta os furos são pequenos. Tente usar flocos maiores ou forre com um paninho. Quanto ao kefir, infelizmente não sou mais doadora. Mas escreva no meu email que eu lhe digo como conseguir.

Gina,
fica bom de qualquer jeito, né não?

Um abraço, N

Marcia H disse...

Neide,
como sempre, de ficar com água na boca, mesmo saciada.
Minha mae sempre coloca um pouco de farinha no cuscuz e normalmente ela mistura tudo à noite e deixa inchando até de manha na geladeira. Você já comeu géleia de maracujá branco? é feita por uma comunidade perto de Cansacao, quem sabe numa próxima ida à Bahia vc vai pras bandas de lá, o sertao é interessante.

Neide Rigo disse...

Oi, Márcia! E que tipo de farinha de milho sua mãe usa? Obrigada pela dica.
Já comi a geleia de maracujá da caatinga (branco) da Copercuc - http://www.coopercuc.com.br/, da região de Canudos, mas nunca estive lá. Vontade não falta.

beijos, N

Marcia H disse...

Neide,
minha mae usa milharina ou flocão. Aqui na Alemanha eu uso fubá mesmo e dou uma esticada com farinha de tapioca, para deixar a massa mais fofa - mas a farinha de tapioca eu tenho que trazer na mala quando vou aí, pois nao acho para comprar por aqui. Já pensei até em fazer a partir de polvilho doce, pois este é fácil de achar. Raras vezes encontro milharina numa lojinha turca, que vende também produtos da America do Sul, daí eu aproveito para comprar para estocar.
Você precisa ir, se quiser eu te mando um contato, que vai te hospedar e ainda mimar com as iguarias da regiao. É um amigo da minha mae, ele me deu géleia de maracujá e de umbu - uma delicia.

Anônimo disse...

Hummmm...trancado em casa por causa da chuva insessante me deu uma vontade desse cuscuz com café quentinho!!! Fotos incríveis e parabéns pelo seu blog.

Neide Rigo disse...

Márcia, obrigada pelas informações. Se eu pudesse iria mesmo visitar o amigo da sua mãe.
Um beijo,
N

Maria Conceição Oliveira disse...

Sim Cuscuz da Terrinha! Vou Fazer Agora. Vou usar o cuscuzeiro de mainha, que desde que perdou a visão , a filha (eu) não via utilidade.
Afro Beijos
Conceição

Unknown disse...

que blog maneiro gente!! muito legal mesmo.só de lê da vontade de conhecer a pessoa que escreveu, dá a impressão de ser gente muito boae que passa dicas incríveis