segunda-feira, 14 de dezembro de 2009

Bolo de pupunha no Terra Madre Day

Uma das coisas legais que geralmente acontecem nos encontros do convívio do Slow Food São Paulo é que os associados costumam levar um prato de feitio próprio quase sempre destacando algum ingrediente da Arca do Gosto, da Fortaleza ou que tenha relação forte com a nossa cultura gastronômica. É um jeito de conhecer um pouco mais sobre nós mesmos.
Para este último encontro, que comemorou o dia do Terra Madre no Zym Café, a Cênia Salles, líder do Convívio, levou um bolo fofo e delicioso feito por ela com o coquinho cozido da palmeira pupunha, que foi um sucesso. O sabor lembra um pouco milho cozido, só que mais complexo (veja mais fotos do encontro e dos pratos AQUI).
A vantagem deste coquinho é que pode ser cozido e congelado para ser usado quando quiser. E há variedades sem caroços, que é uma facilidade na cozinha (estes meus da foto, que ganhei da dona Jerônima, da Ilha do Marajó, são compactos, só polpa, nada de sementes).


Bolo do fruto da pupunha (receita de Cênia Salles)
Ingredientes
2 xícaras de pupunha cozida e amassada
200 ml de leite de coco
100 ml de leite de vaca
1 colher (sopa) de manteiga
250 g de açúcar
6 gemas
1 pitada de sal
2 colheres (sopa) de farinha de trigo
1 colher (sopa) de fermento químico
6 claras batidas em neve
Modo de preparar: lave bem as pupunhas e cozinhe com a casca em água e sal por aproximadamente 1 hora. Descasque, corte e retire a semente. Bata no processador para que fique moída. Numa tigela, misture a pupunha triturada com os leites e mexa até ficar cremoso. Em uma tigela grande, misture a manteiga com o açúcar. Bata bem e adicione as gemas, uma de cada vez. Junte o creme de pupunha, o sal, a farinha e o fermento e misture bem. Acrescente as claras em neve e mexa delicadamente. Coloque a massa em uma forma untada com manteiga e asse em forno aquecido a 180 ºC, por aproximadamente 30 minutos.

Brasil Japão: Baozi do Kojima
O Isaac Kojima, do blog Onívoro, é leitor do Come-se e apareceu por lá depois de ver o convite aqui. E com mãos nada vazias. Levou um prato de baozi, aqueles pãezinhos cozidos no vapor recheados de azuki, para lembrar que o Brasil é também meio japonês. E deu a receita com história no seu blog. Veja lá.

6 comentários:

glenn makuta disse...

oi neide.
foi um prazer te conhecer no terra madre day e obrigado pela carona, hehe.
esses quitutes estavam todos uma delícia.

muita coisa diferente do comum (apesar da maioria das coisas ser tudo nativa!), mas estou determinado a introduzir esses sabores na minha vida.

abs!

Neide Rigo disse...

Oi, Glenn!
Também gostei muito de ver lá leitores do Come-se: você, a Lígia, o Isaac. Que bom que gostou.
Um beijo, n

Alessandra disse...

Amo pupunha cozida e descascada uma a uma para acompanhar um bom café preto, fresco e quente! Minha mãe diz que a pupunha boa é aquela que solta uma gordura natural após o cozimento. Nas ruas de Belém, os ambulantes jogam óleo de soja para dar aquele brilho bonito, mas não se engane, o gosto pode não condizer com o aspecto..rs. Só de pensar naquele cheiro de um punhado de pupunhas quentes já me dá água na boca. É tempo de pupunha no Pará, mas como não estou lá, fico só lembrando.

Neyde Nery disse...

Olá, Neide ! Fiz o bolo de pupunha (a metade da receita pra experimentar) e ficou ótimo, bem equilibrado...da próxima vez vou passar a pupunha no processador porque os fiapinhos atrapalharam um pouco...aprecio muito sua disponibilidade para compartilhar suas experiências...tocando e ampliando de dentro pra fora e de fora pra dentro...como disse Einstein, até abarcar todo o mundo em sua beleza e inteireza...

Neide Rigo disse...

Oi, Neyde!
A Cênia vai gostar de saber. Obrigada, um abraço,
N

esmeril968 disse...

A preparação em casa aprova o confinamento que experimenta. prepara e cuida.